quinta-feira, agosto 30, 2012

IMPORTÂNCIA DA DEFESA AGROPECUÁRIA NA ECONOMIA DO PAÍS

Por   Tânia Maria de Paula Lyra

 A Defesa Agropecuária representa a proteção da produção agropecuária nacional. O papel de protetor é desempenhado pelo Fiscal Federal Agropecuário. A função exercida é da maior importância e a carreira envolve muito estudo e pós-graduação representada pelo concorrido concurso e número de mestres e doutores que a desempenham.
O trabalho envolve a planificação em políticas públicas para evitar que as doenças animais e pragas vegetais inviabilizem a produção.  Os estudos envolvem a análise de risco com análises científicas e informações do País importador complementada pela fiscalização do ingresso de produtos agropecuários no País, para introdução de pragas e doenças exóticas. O custo do ingresso de uma nova doença é incalculável, pois além de ocasionar perda na produção e conseqüente falta de alimentos para a população implica em perda de mercados internacionais. O trabalho é exaustivo e científico e tem como embasamento as normas da Organização Mundial do Comércio- OMC. Os alimentos são testados para verificar se não oferecem riscos para o consumidor. Os insumos fitossanitários usados na produção agrícola e na pecuária são amplamente analisados no que se refere as suas formulações e as indústrias são avaliadas nos padrões de controle de qualidade e biosegurança.
A Organização Mundial de Saúde Animal- OIE tem sede em Paris e foi criada em 1924, antes da ONU porque os países se conscientizaram que as doenças animais causam perdas econômicas de repercussões mundiais na produção de proteínas nobres, sem as quais o homem não sobrevive. Por outro lado, sabe-se que 60 % das doenças animais se transmitem ao homem e que 75% das doenças emergentes são de origem animal, o que reforça o papel da Defesa Agropecuária.
Para continuar como o maior exportador de café, soja, suco de laranja, açúcar, carne bovina, carne suína, carne de frango é imprescindível o reconhecimento do papel do fiscal agropecuário na produção agropecuária com respeito ao meio ambiente e ao bem-estar animal. Só assim se consegue manter e conquistar os mercados internacionais.
Vamos comemorar a safra recorde que dará como conseqüência maior produção pecuária com aporte de proteínas nobres no mercado interno e comercio internacional. Mas para manter este empreendimento, é preciso apoiar e ouvir as reivindicações dos fiscais agropecuários. Trata-se de uma carreira típica de estado e os Estados Unidos e a União Européia possuem um significativo número de profissionais na área de Defesa Agropecuária conscientes da importância da segurança alimentar para a população e do valor econômico das exportações agropecuárias. Em conseqüência, antes de autorizar as importações brasileiras do agronegócio os países enviam missões ao Brasil que avaliam o numero de fiscais agropecuários, sua capacitação e dedicação exclusiva ao trabalho, o que implica em salários dignos.
Caio Prado Júnior, em 1945, no livro "Raízes do Brasil", assinalou que:
 “Embora numa forma mais complexa, o sistema colonial brasileiro continua em essência, o mesmo do passado, istoé, uma organização fundada na produção de matérias- primas e gêneros alimentícios demandados nos mercados internacionais. É com essa produção e exportação conseqüente que fundamentalmente se mantém a vida do País”.
O que foi dito em raízes do Brasil repete-se nos dias atuais como se verifica na importância da Agropecuária no PIB, porém o desrespeito concedido aos fiscais agropecuários em sua luta pela correção salarial demonstra que a sociedade ainda não entendeu a importância da produção agropecuária e o papel dos  Fiscais Federais Agropecuários na proteção desta economia.

Sobre a autora: Tânia Maria de Paula Lyra, doutora em Ciência Animal, foi Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

quinta-feira, junho 14, 2012

ENCONTRO DE PONTOS DE CONTATO/COSAVE, MONTEVIDÉU, URUGUAI (7 e 8.jun.2012)



Da esquerda para a direita: Ezequiel Ferro (Argentina), Pedro Hegedus ( Uruguai), James Pazo (Peru), Paccelli Zahler (Brasil), Cristina Galeano ( Paraguai), Maria de León (Uruguai), Maria Florencia Colla (Argentina), Maria de Lourdes Fonalleras (Argentina), Soledad Castro (Chile) e Oscar Aquize (Bolivia, agachado)



 
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Fotografias: Engº Agrº James Pazo (Peru)

ENCONTRO DE PONTOS DE CONTATO/COSAVE, MONTEVIDÉU, URUGUAI (7 e 8.jun.2012)

 
 
 
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Fotografias: Engº Agrº James Pazo (Peru)

ENCONTRO DE PONTOS DE CONTATO/COSAVE, MONTEVIDÉU, URUGUAI (7 e 8.jun.2012)

 
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Engª Agrª Maria de Lourdes Fonalleras (Argentina), especialista SAIA/IICA, autografando seu livro "COSAVE: una experiencia de integración regional" (disponível neste blog em Publicações)


Fotografia: Engº Agrº James Pazo (Peru)